terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

História - Lanterna Mágica



A Lanterna mágica consiste num instrumento que projecta imagens registadas em suporte transparente. Estas imagens são estáticas, sendo a sua deslocação no interior do projector o único artifício de movimento projectado numa tela.

O aparecimento da lanterna mágica remonta ao séc. XIII , quando Roger Bacon ,padre franciscano, faz a sua primeira descrição.

No séc. XVII, Athanasius Kircher ( Alemanha, 1601 ), padre jesuíta, enunciou os princípios da projecção de imagens com ilustrações gráficas na sua obra ARS MAGNA LUCIS ET UMBRAE, dando a conhecer em 1643 a sua Lanterna óptica. Esta obra interessou particularmente, Johannes Zahn que viria a criar um novo modelo mais aperfeiçoado, em que as imagens era pintadas num sobre vidro e fixadas sobre um disco circular que fazia girar ante as lentes do projector para assim, sugerir movimento. O seu interesse por esta matéria, não ficou por aqui, levando Zahn a estabelecer os princípios da projecção de imagens transparentes em fita desenhada.

No séc. XIX, as lanternas mágicas de mesa ( modelo familiar ), muito em voga na época, derivaram do Lampascope, o modelo que Zahn criou.

Lampascope (fig. 1)

As lanterna mágicas tanto serviram o divertimento doméstico como o espectáculo. Em 1845, o belga E.G. Robertson apresentou com grande sucesso Fantasmagoria usando um modelo de lanterna mágica de intenso feixe luminoso. Esta apresentação impressionou uma vasta audiência, tornando-se um acontecimento de grande impacto expressivo.

Embora as lanternas mágicas não fossem máquinas preparadas para o visionamento de Imagem em Movimento, com os experimentos do oficial austríaco Franz von Uchatius foi possível projectar imagens animadas numa tela com estes aparelhos. A experiência consistiu na projecção sequencial de imagens através de uma série de lanternas colocadas em semicírculo, apontadas para a mesma tela, as quais projectavam uma após outra, imagens diferentes.

2 comentários:

Anónimo disse...

Obrigada pelas informações me ajudaram muito.

Anónimo disse...

A data está errada. O correto é a publicação em 1646 e não 1643 como está escrito.